A alegria dos sábados no Clube dos Trinta.
Hoje, sábado chuvoso e frio, 22 de agosto de 2020.
Se Deus
quiser, já já o futebol no Clube dos Trinta estará de volta.
O pior já
passou.
De março até
agora já se foram Cinco meses, estamos
entrando na casa de seis meses sem o nosso encontro futebolístico dos sábados.
A cada
sábado pela manhã, desabrocha na cabeça de cada jogador, a importância do
encontro a saudade e a vontade de estar naquela gostosa reunião matinal, que
tem alguns
"procedimentos"
específicos.
1)
Abertura do portão
A chegada e
a fila de carros (jogadores inscritos na pelada) aguardando a abertura do
portão.
Portão
aberto
2) As
saudações
Bom diaaaaa,
simples aperto de mãos, às vezes com abraço afetuoso, de um a um, e até rola um
beijo para os amigos mais íntimos.
A resenha
antes da pelada vai crescendo com a chegada de mais gente.
Todos de
olho no relógio, afinal quem chegar depois das 7h. só poderá jogar o segundo
tempo, salvo se não tiver completado o
numero de 16 jogadores para o inicio da peleja.
3) Café da
manha
Derrepente
chega um trazendo o café da manhã, alguns ajudam na colocação da mesa, outro
corta o bolo, o queijo, outro frita ovos e assim é servido o glamoroso café da
manhã.
4) O quadro
Tem um cara
escalado para montar as duplas no quadro branco, posição por posição. Sim
gente! Tem também futebol.
Agora começa
a maior confusão.
Xícara em
uma mão, pão na outra, boca cheia, nem todos, e olho no quadro. Aquele olho bem
grudado no quadro.
Ali se
espelha a realidade da partida, da peleja, que irá começar em instantes.
Todos querem
ganhar, todos pregam o equilíbrio, mais querem ganhar.
Vem então um
sorteio para uns poucos, os premiados abrem logo um largo sorriso, já os outros
seguem no seu cafezinho já aguardando tranquilamente o segundo tempo.
Dois
jogadores no quadro separam os times.
Escalados os
times, lá vem o grito forte,
Time Azul.
Time Amarelo
Assim é
anunciada a escalação das equipes.
Todos os
jogadores escalados uniformizados, pois cada um tem dois uniformes, logicamente
um de cada cor.
Os times se
reúnem dentro do campo e cada liderança traça a sua estratégia de jogo.
5) A
Reza/oração
Todos os
presentes são convidados para irem ao centro do gramado para um momento com
Deus.
A direção do
Clube indica um dos presentes para iniciar a idolatria divina.
Pedir paz,
saúde, alegria e oração para alguns necessitados.
6) O APP
Escalado um
operador para o aplicativo que monitora todas as jogadas relevantes da pelada.
7) O árbitro
Tudo pronto,
chega um carro apressado e dele desce um
cidadão com um cigarro na mão e o apito não outra. No bolso traseiro um cartão
amarelo e um vermelho.
Após tomar o
seu café, às vezes pede alguém para começar o jogo pra ele, começa a apitar.
8) O jogo
Normalmente
as partidas são bem disputas.
De bom nível
técnico.
Belas
jogadas, golaços, excelentes defesas, e...
As faltas de
cartão amarelo são punidas com um minuto fora do campo pelo infrator.
Fim do
primeiro tempo.
Aquela água,
muita conversa e olho no quadro, afinal teremos substituições.
Lá vão
aqueles dois para o quadro.
Pronto,
começam os buchichos, das conversas de pé de ouvido de alguns líderes dando a
sua sábia opinião referente as
substituições.
Depois de
muita conversa, as substituições são realizadas, tudo resolvido, ufa, e vai
recomeçar a partida.
O jogo
caminhava para o seu final e graças a um pênalti, discutível, apontando pelo
árbitro, a partida terminou empatada.
Lógico que o
arbitro queria o empate, afinal ele mandou repetir a cobrança 3 vezes até a bola
entrar.
Final de
jogo
Amarelo 3 x
3 Azul
9) Fim de
jogo
Muita
discussão envolvendo o árbitro, com todo respeito.
Com medo da
punição durante a partida alguns
jogadores aguardam o apito final para xingarem o árbitro.
E tome
palavrão...
10) Votação
via APP
Aberta a
temporada de votação, aqui se vota no
craque, na baranga, no xerifao e por aí vai.
O importante
é votar.
Vale até
aquele voto da família, de pai pra filho, de filho pra pai. Até de tio para
sobrinho e vice versa.
11) Das
resenhas
E agora?
Onde será a resenha? Já tem aquele grupinho certo aguardando mais uma baforada
do cigarro, aquele do apito, lembra dele?
Pois é, ele indica o local, todos aceitam a sua proposta e lá vai à
galera.
Todos a
postos, cerveja gelada, tira gosto bom. Conversa fiada.
E proibido
conversar no ZAP. Cabeça baixa não, pois aquele momento é o maior de todos,
Para alegria
da galera da mesa, de longe vem vindo uma moça bonita.
Pronto os
sorrisos no rosto de cada aparece, parece uma senha é como uma orquestra bem
afinada, todos começam a cantar: quem plantar a paz, vai colher amor, um grito
forte de Liberdade, na estação primeira ecoou..sorrisos, pura alegria. …Ai está
o êxtase de cada sábado. A moça passa, desconfiada, esboça um sorriso e segue
em frente, deixando a mostra aquela silueta que se perde na esquina da primeira
rua.
A moça
passa, a conta chega, e a alegria continua.
O fumante,
ele mesmo, com a conta na mão, anuncia a cota de cada, naturalmente com algumas
“saideiras” incluídas.
Ele não
cobra a cota de um que chegou depois mais cobra a “saidera” por conta deste.
Conta paga,
a rapaziada vai saindo, um por um.
Entrando nos
seus carros, cada um mais feliz do que o outro.
Abraço
amigo, até sábado.
Fica triste
não, sábado que vem tem mais.
Mas cá pra
nós, que dá saudade dá, né?
Então,
galera, até sábado.
Pronto falei
Toca o Barco
Josafa
Gomes
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